2019
XCIV Seminário de Pesquisa 'História e Audiovisual'
4 de junho (terça-feira, 14h)
Título: Seguindo o objecto: No trilho dos filmes de Amélia Borges Rodrigues
Expositora: Sofia Sampaio (CPDOC-FGV/ CRIA-IUL)
Assista a palestra em PARTE I e PARTE II
Resumo: Amélia Borges Rodrigues (1906-1945), uma jovem portuguesa de origem açoriana que viveu no Rio de Janeiro, nos anos 30, faz já parte da história do cinema português em virtude dos 34 filmes com o seu nome que estão depositados no Arquivo Nacional de Imagens em Movimento (ANIM) da Cinemateca Portuguesa–Museu do Cinema. Filmadas durante as viagens que Amélia terá realizado a Portugal, estas imagens teriam como alvo o ‘mercado da saudade’ dos portugueses imigrados no Brasil e nas então colónias ultramarinas. Pesquisar o percurso transatlântico destes filmes, com especial destaque para a sua distribuição e exibição dentro da colónia portuguesa do Rio de Janeiro, foi o motivo que me levou a elaborar o projecto “Amélia Borges Rodrigues: Turismo, filmes e saudade entre Portugal e o Rio de Janeiro” (CNPq, 402850/2018-1). A circulação de filmes em contextos transnacionais e a ligação do cinema à imigração são áreas ainda pouco estudadas (mas veja-se Bertellini, 1999; 2005), em parte devido ao ‘nacionalismo metodológico’ que continua a caracterizar os estudos de cinema. Nesta apresentação, falarei dos desafios teóricos, metodológicos e empíricos com que esta pesquisa, ainda em curso, se tem deparado. Um dos objectivos é afinar e aprofundar a abordagem materialista às imagens em movimento que tenho vindo a desenvolver nos últimos anos (Sampaio, 2015; 2018).
Referências
Bertellini, G. (2005). “Migration/ Immigration: U.S.” In: Richard Abel (ed.) Encyclopedia of Early Cinema. Londres e Nova Iorque: Routledge / Bertellini, G. (1999). “Shipwrecked Spectators: Italy’s Immigrants at the Movies in New York, 1906-1916”, Velvet Light Trap, 44 (Fall): 39-53. / Sampaio, S. (2015). “Turismo, olhares e imagens em movimento: Do arquivo como repositório ao arquivo como campo”. Análise Social, 217, L (4): 830-843. / Sampaio, S. (2018). “O que sobrou: Materialidade e colonialismo numa coleção de imagens em movimento”, Mana: Estudos de Antropologia Social, 24(3): 247-276
4 de junho (terça-feira, 14h)
Título: Seguindo o objecto: No trilho dos filmes de Amélia Borges Rodrigues
Expositora: Sofia Sampaio (CPDOC-FGV/ CRIA-IUL)
Assista a palestra em PARTE I e PARTE II
Resumo: Amélia Borges Rodrigues (1906-1945), uma jovem portuguesa de origem açoriana que viveu no Rio de Janeiro, nos anos 30, faz já parte da história do cinema português em virtude dos 34 filmes com o seu nome que estão depositados no Arquivo Nacional de Imagens em Movimento (ANIM) da Cinemateca Portuguesa–Museu do Cinema. Filmadas durante as viagens que Amélia terá realizado a Portugal, estas imagens teriam como alvo o ‘mercado da saudade’ dos portugueses imigrados no Brasil e nas então colónias ultramarinas. Pesquisar o percurso transatlântico destes filmes, com especial destaque para a sua distribuição e exibição dentro da colónia portuguesa do Rio de Janeiro, foi o motivo que me levou a elaborar o projecto “Amélia Borges Rodrigues: Turismo, filmes e saudade entre Portugal e o Rio de Janeiro” (CNPq, 402850/2018-1). A circulação de filmes em contextos transnacionais e a ligação do cinema à imigração são áreas ainda pouco estudadas (mas veja-se Bertellini, 1999; 2005), em parte devido ao ‘nacionalismo metodológico’ que continua a caracterizar os estudos de cinema. Nesta apresentação, falarei dos desafios teóricos, metodológicos e empíricos com que esta pesquisa, ainda em curso, se tem deparado. Um dos objectivos é afinar e aprofundar a abordagem materialista às imagens em movimento que tenho vindo a desenvolver nos últimos anos (Sampaio, 2015; 2018).
Referências
Bertellini, G. (2005). “Migration/ Immigration: U.S.” In: Richard Abel (ed.) Encyclopedia of Early Cinema. Londres e Nova Iorque: Routledge / Bertellini, G. (1999). “Shipwrecked Spectators: Italy’s Immigrants at the Movies in New York, 1906-1916”, Velvet Light Trap, 44 (Fall): 39-53. / Sampaio, S. (2015). “Turismo, olhares e imagens em movimento: Do arquivo como repositório ao arquivo como campo”. Análise Social, 217, L (4): 830-843. / Sampaio, S. (2018). “O que sobrou: Materialidade e colonialismo numa coleção de imagens em movimento”, Mana: Estudos de Antropologia Social, 24(3): 247-276
2018
XCIII Seminário de Pesquisa 'História e Audiovisual'
27 de agosto (segunda-feira, 14h)
Título: “Bucarest 1990: une révolution mise en scène à la télévision: le regard de Chris Marker”
Expositor: Vincent Jacques [maître de conference em filosofia na École nationale supérieure d'architecture de Versailles (ENSA), diretor de programa do Collège International de Philosophie (CIPh)]
A apresentação, em francês, com tradução, abordou o curta-metragem de Chris Marker, "Détour Ceausescu" (France, 1990, 8 min), a fim de refletir sobre as relações entre história contemporânea, revolução e televisão. A partir desse episódio político, Marker (e outros críticos do momento, como Serge Daney) vão refletir sobre o que o cinema pode dizer criticamente em relação representação da história na mídia, discussões que permeiam o último livro do autor, intitulado Chris Marker, les médias et le XXème siècle. Le revers de l'histoire contemporaine. Paris, Créaphis, 2018.
Acesso ao vídeo
27 de agosto (segunda-feira, 14h)
Título: “Bucarest 1990: une révolution mise en scène à la télévision: le regard de Chris Marker”
Expositor: Vincent Jacques [maître de conference em filosofia na École nationale supérieure d'architecture de Versailles (ENSA), diretor de programa do Collège International de Philosophie (CIPh)]
A apresentação, em francês, com tradução, abordou o curta-metragem de Chris Marker, "Détour Ceausescu" (France, 1990, 8 min), a fim de refletir sobre as relações entre história contemporânea, revolução e televisão. A partir desse episódio político, Marker (e outros críticos do momento, como Serge Daney) vão refletir sobre o que o cinema pode dizer criticamente em relação representação da história na mídia, discussões que permeiam o último livro do autor, intitulado Chris Marker, les médias et le XXème siècle. Le revers de l'histoire contemporaine. Paris, Créaphis, 2018.
Acesso ao vídeo