Audiovisual e sesquicentenário da independência
Esta planilha disponibiliza à comunidade de pesquisadores/as e interessados/as um levantamento extensivo de formas breves audiovisuais alusivas às comemorações dos 150 anos da Independência, em 1972. Ela é um dos resultados da pesquisa de pós-doutorado desenvolvida na Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (ECA/USP) por Fernando Seliprandy, sob supervisão do Prof. Dr. Eduardo Morettin, com financiamento da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) (processo n. 2021/07062-8). O projeto se intitulava: “Audiovisual e Sesquicentenário da Independência (1972): circulação de imagens da nação na encruzilhada da modernização autoritária”.
Seu objeto foram as formas breves audiovisuais que circularam intensamente nas comemorações dos 150 anos da independência brasileira (1972): cinejornais estatais ou privados; documentários educativos; “filmetes” de propaganda; telejornalismo. A pluralidade do corpus justifica-se para suprir uma lacuna dos estudos do audiovisual daquela efeméride, concentrados nos longas-metragens históricos. O objetivo foi resgatar os matizes e contrastes da visualidade fundacional mesmo dentro da produção oficial e oficiosa na órbita do ideário cívico-patriótico. Supera-se assim a dicotomia entre repressão ou resistência, bem como a redução da propaganda oficial a um bloco unívoco de manipulação. Duas hipóteses guiaram as problemáticas: a) esses filmes “menores” compõem um panorama multifacetado das relações entre ditadura, sociedade e mercado cultural, em um gradiente de enunciadores oficiais, adesismos civis e tensas acomodações; b) a heterogeneidade desse mosaico audiovisual deriva da fase de transição das políticas culturais no período Médici, na ambivalência entre fomento e censura da modernização autoritária. Foi um verdadeiro desafio a realização deste mapeamento de um corpus audiovisual de diferentes origens e tipologias, disperso por acervos variados.
A planilha agora disponibilizada consolidou o resultado desse trabalho extensivo de levantamento, primeiro, em instrumentos de pesquisa e, depois, em bases de dados. Como saldo, o mapeamento computou 128 itens audiovisuais de formas breves pertinentes ao tema do Sesquicentenário da Independência, custodiados nos quatro arquivos do recorte da investigação: em São Paulo/SP, Cinemateca Brasileira e Museu da Imagem do Som do São Paulo (MIS-SP); no Rio de Janeiro/RJ, Arquivo Nacional e Centro Técnico Audiovisual (CTAv). Neste universo, vale dizer que 71 entradas dizem respeito a edições de telejornais da TV Tupi de São Paulo identificadas na leitura dos roteiros disponíveis no Banco de Conteúdos Culturais (BCC) da Cinemateca Brasileira. Os campos desta planilha são, na ordem: numeração atribuída ao item; arquivo em que está custodiado; escala do corpus (mapeamento global, corpus intermediário ou corpus principal); ficha técnica; gênero; produção; sinopse; identidades/elenco; meio de difusão; acervo e localização; disponibilidade; observações; fontes e referências; palavras-chave. O compartilhamento deste resultado, acredita-se, pode ser útil para novos trabalhos, seguindo o espírito do financiamento público à pesquisa.
Apoio: FAPESP
Seu objeto foram as formas breves audiovisuais que circularam intensamente nas comemorações dos 150 anos da independência brasileira (1972): cinejornais estatais ou privados; documentários educativos; “filmetes” de propaganda; telejornalismo. A pluralidade do corpus justifica-se para suprir uma lacuna dos estudos do audiovisual daquela efeméride, concentrados nos longas-metragens históricos. O objetivo foi resgatar os matizes e contrastes da visualidade fundacional mesmo dentro da produção oficial e oficiosa na órbita do ideário cívico-patriótico. Supera-se assim a dicotomia entre repressão ou resistência, bem como a redução da propaganda oficial a um bloco unívoco de manipulação. Duas hipóteses guiaram as problemáticas: a) esses filmes “menores” compõem um panorama multifacetado das relações entre ditadura, sociedade e mercado cultural, em um gradiente de enunciadores oficiais, adesismos civis e tensas acomodações; b) a heterogeneidade desse mosaico audiovisual deriva da fase de transição das políticas culturais no período Médici, na ambivalência entre fomento e censura da modernização autoritária. Foi um verdadeiro desafio a realização deste mapeamento de um corpus audiovisual de diferentes origens e tipologias, disperso por acervos variados.
A planilha agora disponibilizada consolidou o resultado desse trabalho extensivo de levantamento, primeiro, em instrumentos de pesquisa e, depois, em bases de dados. Como saldo, o mapeamento computou 128 itens audiovisuais de formas breves pertinentes ao tema do Sesquicentenário da Independência, custodiados nos quatro arquivos do recorte da investigação: em São Paulo/SP, Cinemateca Brasileira e Museu da Imagem do Som do São Paulo (MIS-SP); no Rio de Janeiro/RJ, Arquivo Nacional e Centro Técnico Audiovisual (CTAv). Neste universo, vale dizer que 71 entradas dizem respeito a edições de telejornais da TV Tupi de São Paulo identificadas na leitura dos roteiros disponíveis no Banco de Conteúdos Culturais (BCC) da Cinemateca Brasileira. Os campos desta planilha são, na ordem: numeração atribuída ao item; arquivo em que está custodiado; escala do corpus (mapeamento global, corpus intermediário ou corpus principal); ficha técnica; gênero; produção; sinopse; identidades/elenco; meio de difusão; acervo e localização; disponibilidade; observações; fontes e referências; palavras-chave. O compartilhamento deste resultado, acredita-se, pode ser útil para novos trabalhos, seguindo o espírito do financiamento público à pesquisa.
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